sexta-feira, 16 de abril de 2010

Comissão técnica do Fla terá de resolver caso envolvendo Bruno e Pet

A responsabilidade por conduzir as medidas que serão tomadas por conta da briga entre Bruno e Petkovic, no intervalo do jogo contra a Universidad Católica, na última quarta-feira, em Santiago, será de Andrade, sua comissão técnica e do gerente de futebol, Isaias Tinoco. Na visão do alto escalão dos dirigentes rubro-negros, eles precisam se posicionar, já que presenciaram toda a confusão no vestiário.

Na verdade, o clube tentará blindar o máximo possível a repercussão do caso para tentar que ele não afete o rendimento contra o Botafogo, domingo, pela final da Taça Rio, e contra o Caracas, quarta-feira, pela Libertadores. Os dois jogos praticamente definem a vida do Flamengo no primeiro semestre de 2010. Por conta disso, já há determinações para minimizar o desentendimento entre o goleiro e o sérvio. Inclusive, dizendo que não houve agressões físicas.

As assessorias de imprensa dos dois jogadores confirmaram que eles não devem dar entrevista nesta sexta-feira, no treino que está marcado para às 15h30m (horário de Brasília), no Ninho do Urubu. Só quem deve dar entrevista é o técnico Andrade, como já acontece normalmente às sextas-feiras. Corre o risco de o vice de futebol, Marcos Braz, não se pronunciar sobre o assunto. Pessoas ligadas ao dirigente informaram que ele quer um relatório detalhado do que aconteceu no Chile antes de se posicionar e tomar uma medida. Afinal, ele não viajou para Santiago com a delegação.

Só depois disso será possível determinar medidas e punições para os jogadores. Mas a possibilidade de afastar os envolvidos está, inicialmente, descartada. Por mais que o ambiente seja péssimo para Petkovic e sua renovação tenha ficado ainda mais longe, os relatos que chegaram aos mandatários rubro-negros apontam que ele não teve culpa no desentendimento com Bruno. Por sua vez, ninguém na Gávea vai querer afastar o goleiro e capitão do time na véspera de uma decisão.

Por tudo isso, o clube tenta tratar o assunto com a maior cautela possível. Tanto que ninguém se pronunciou até o momento sobre o caso. Nem Marcos Braz, nem Bruno, nem Pet, nem seus representantes. Um jogador que não quis se identificar resumiu o sentimento do que aconteceu no vestiário contra o Universidad Católica:

- Acabamos perdendo o jogo para nós mesmos. A situação agora está complicada.

A assessoria da presidente Patrícia Amorim também comunicou que ela não deve falar sobre o caso. No entendimento presidencial, esse assunto tem de ser conduzido pelo departamento de futebol, uma vez que ela tem outras tarefas mais importantes para conduzir, como, por exemplo, a própria questão envolvendo a Taça das Bolinhas.


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