O pivô foi denunciado no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que tem punição de quatro a 12 partidas. Ao receber a pena de 10 jogos, sendo que já cumpriu um no NBB, Manuil deixou o tribunal chateado:
- Fico triste pela quantidade de jogos que recebi. Agora o que vou tentar fazer é continuar minha carreira como sempre fiz e nunca mais cometer um erro como esse - afirmou.
Durante o depoimento nesta terça, Manuil argumentou que não teve a intenção de agredir Duda daquela maneira. O advogado de defesa chegou a pedir absolvição ou pena mínima, mas não convenceu os auditores. O relator pediu 10 jogos de suspensão. Um auditor sugeriu seis; o outro, cinco; e o presidente da comissão acompanhou o relator com 10 rodadas de gancho.
- A intenção foi fazer um lance mais forte, no basquete mesmo. Ele veio para a direita, e eu fui junto. Achei inclusive que tinha acertado o peitoral dele, e na verdade pegou no rosto. O sangue vem do chão, quando o atleta cai e machuca o rosto, e não da agressão – afirmou Manuil em seu depoimento. Logo após o lance, em entrevista ao SporTV, ele tinha afirmado que a intenção era "dar um susto" em Duda, alegando que tinha sido provocado anteriormente.
A exemplo do que já tinha feito em seu perfil num site de relacionamentos da internet, Manuil se disse arrependido pela agressão e explicou que o lance não representa sua conduta como jogador:
- Aqueles três segundos não mostram quem eu sou. Fiquei três dias sem comer e sem dormir, com culpa, arrependido. Chorei em casa, fiz de tudo para ver como estava o Duda e tentei mostrar pela internet quem eu sou sempre.
Além do pivô, o técnico e dirigente do Vila Velha, Luiz Felipe Azevedo, também falou à comissão. O advogado de defesa, Hélio de Jesus, chegou a ler declarações e ex-técnicos do pivô, todos dizendo que ele sempre foi um jogador disciplinado. Em seguida, pediu:
- Errar é humano, e mais humano é perdoar quem erra. Duda não soube perdoar, mas espero que essa comissão o perdoe. As imagens são fortes, mas não representam o que realmente aconteceu. Peço pela absolvição do Manuil. Caso não seja possível, que pegue pena mínima.
A acusação, no entanto, pediu que o tribunal não entendesse a atitude do atleta como normal e sugeriu punição máxima, de 12 jogos.
Após os depoimentos e as argumentações da acusação e da defesa, os três auditores do tribunal proferiram os votos. O relator Luiz Fernando Manssur propôs 10 jogos de suspensão; Renato Negrini se disse “comovido” e pediu seis jogos; e Luiz Carlos de Carvalho votou por cinco jogos de gancho. O presidente da comissão, José Luiz Lana Mattos, também tinha direito a voto e acompanhou o relator, pedindo 10 jogos e encerrando o julgamento.
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