domingo, 13 de dezembro de 2009

Sem perder a humildade, Andrade vive dias de ‘namoradinho do Brasil’

O simples ato de beber água é acompanhado por dezenas de fãs. Caminhar também não se torna tão fácil. A vida de Andrade pós-título brasileiro mudou. Neste domingo, o técnico celebridade disputou um jogo de master em Resende, no sul do estado do Rio de Janeiro, e comprovou o quanto anda em alta com os rubro-negros.

Uma faixa no estádio do Trabalhador o agradecia pela conquista do Campeonato Brasileiro . Observando atentamente os passos do marido, a esposa do treinador, Edna, dava gargalhadas ao vê-lo perseguido pela multidão.

- Lá em casa nós brincamos que ele e a Sandy são os namoradinhos do Brasil. Só sai matéria dizendo que ele é bonzinho, humilde. Ele continua a mesma pessoa, apreciando as coisas simples – disse Edna.

No modo de vida simples que Andrade procura, a volta aos campos é uma das prioridades. Após quatro meses afastado do time de máster por causa das funções como treinador, ele reservou espaço na agenda para dois jogos no fim de semana. No sábado, amistoso em Cordeiro-RJ e neste domingo a visita a Resende.

- É prazeroso ficar junto aos amigos de tanto tempo. Dentro de campo, acabou a dinâmica e sobrou a experiência. Mas o mais importante é o pós-jogo, com cervejinha e churrasco. Se bem que quando o time perde fica um monte de velhinho emburrado - disse o treinador.

Não foi o caso no início da tarde deste domingo. Andrade ficou em campo por cerca de 60 minutos. Deu um lindo chapéu e também contribuiu com uma assistência para o gol de Renato Carioca. Com tranquilidade, o time de master do Flamengo, que teve Nélio, Válber, Júlio César Uri Geller e outros, goleou por 6 a 2 o combinado dos Amigos de Merica e Turma da Pelada.

No banco de reservas, o ex-jogador Rondinelli comentou que, atualmente, o treinador campeão brasileiro é mais requisitado do que o presidente Lula.

André Durão /GLOBOESPORTE.COM

Máquinas fotográficas viradas para Andrade, cercado por crianças, na entrada para o jogo

- Muitas dessas pessoas que me procuram foram ao Maracanã diversas vezes me apoiar, me incentivar. O mínimo que posso fazer por elas é dar um autógrafo, tirar uma foto. Sou igual aos outros. A euforia da torcida é compreensível e daqui a pouco acalma - declarou Andrade.

Ele revela que o assédio atual nem se compara ao da época em que era jogador.

- Antes não chegava nem perto. Até porque tinha o Zico, que era o grande ídolo daquele time.

Andrade retornou rapidamente ao Rio de Janeiro por causa de um compromisso publicitário. Na segunda, embarca para Brasília com a delegação do Flamengo, onde será recebido por Lula no Planalto.


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