Na natureza dos pênaltis, pode-se dizer que o cobrador leva grande vantagem na disputa com o goleiro. De um tempo pra cá, ela passou a ser ainda maior por conta das paradinhas. Mas quando quem vai cobrar se depara com Bruno, toda essa diferença é reduzida.
Os números do goleiro rubro-negro são de deixar qualquer batedor um pouco mais tenso ou preocupado na hora do duelo. Para se ter uma noção, nenhum rival conseguiu fazer valer a sua vantagem nas últimas quatro vezes em que o Flamengo cometeu um pênalti. Bruno defendeu três cobranças e Vágner Love mandou a bola para fora no jogo contra o Palmeiras, no último dia 17, pelo Brasileirão.
Há quatro temporadas na Gávea, o goleiro já defendeu 12 penalidades (veja todas elas no vídeo acima). Seis delas foram no decorrer dos jogos, como as duas contra o Santos, perdidas por Paulo Henrique, no último dia 31. A outra metade foi em disputas de jogos decisivos, como nas finais do Carioca de 2007 e 2009, em que o Flamengo sagrou-se campeão sobre o Botafogo.
As explicações para esse aproveitamento estão na ponta da língua do camisa 1 rubro-negro: as importantes dicas do preparador de goleiros Roberto Barbosa, muito trabalho e um físico que colabora.
- Roberto sempre conversou comigo, ele me cobra e dá dicas muito importantes. Ele está sempre ao meu lado. Também tenho um biotipo que ajuda. Mesmo tendo altura, eu sou um goleiro rapidinho. É legal ter esse reconhecimento, pois é o resultado do nosso trabalho – conta o goleiro, que tem 1,90m.
- Lembro bem desse jogo. Foram dois gols do Fernandão. Mas no segundo pênalti eu quase cheguei na bola – relembra Bruno.
De lá pra cá, a história mudou. Quando a sua competência não ajudou, a sorte esteve presente. Os cobradores mandaram a bola pra fora quatro vezes contra ele, desde que chegou à Gávea. Depois de viver a fase do goleiro artilheiro (foram três gols pelo Flamengo), agora ele curte a fama de bom pegador de pênaltis, como os goleiros que lhe serviram de inspiração.
- É bom passar a ser reconhecido por essa característica. Goleiros excelentes também foram reconhecidos assim. Taffarel pegou muito pênalti importante, inclusive em jogos decisivos de Copa do Mundo. O próprio Dida também tinha essa qualidade. Eles são bons exemplos e me orgulho de começar a fazer parte desse grupo – disse Bruno.
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