Adriano é o responsável por 37,5% dos gols do Flamengo no Brasileiro. Artilheiro, referência e ponto alto da equipe, o Imperador deixou os súditos rubro-negros provisoriamente para servir à seleção brasileira. Mas engana-se quem pensa que deixou um rastro de desespero no grupo para as partidas contra Vitória, quarta-feira, e São Paulo, no sábado.
Há um esforço da comissão técnica e dos jogadores para evitar a dependência explícita. Os números não assustam. O Fla disputou cinco partidas sem o camisa 10 no Nacional, com 53,3% de aproveitamento: duas vitórias (ambas contra o Santo André), dois empates (Avaí e Atlético-PR) e uma derrota (Cruzeiro).
- Jogamos algumas vezes sem ele. Claro que faz falta a qualquer time do mundo. Mas a força do grupo supera a ausência do Adriano – disse, esperançoso, Andrade.
Flamengo sem Adriano no Brasileiro | ||
Rodada | Jogo | |
1ª | Cruzeiro 2 x 0 Flamengo | |
2ª | Flamengo 0 x 0 Avaí | |
3ª | Santo André 1 x 2 Flamengo (Josiel, dois) | |
22ª | Flamengo 3 x 0 S. André (Denis Marques, Léo Moura e Zé Roberto) | |
23ª | Atlético-PR 0 x 0 Flamengo |
No ataque, o treinador apostará em Denis Marques – dois gols em dez jogos – para ocupar a lacuna do ídolo. No clássico contra o Fluminense, o atacante saiu de campo vaiado, mas recebeu apoio do grupo e de Andrade para permanecer na equipe.
- Ele explicou que tem dificuldade para marcar e fica desgastante. Foi uma conversa boa, produtiva. Acredito que assim como ocorreu com o Zé Roberto, o Denis pode jogar em alto nível de novo – afirmou o treinador do Fla.
A outra opção será Bruno Mezenga, que nas divisões de base era apontado como o “novo Adriano”. Estreou aos 16 anos em um time ameaçado de rebaixamento no Brasileiro de 2005. Sucumbiu à inexperiência, passou por pequenas equipes brasileiras e teve o ponto alto na temporada passada, quando foi artilheiro da Série B da Turquia. De volta à Gávea, entrou em campo no fim de duas partidas.
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