Sheik fez três gols nos últimos dois jogos, mas acha que companheiros ainda precisam entender melhor o jeito dele de jogar
Adriano é o Imperador e ninguém discute. Mas na realeza do Flamengo, o Sheik também ganhou espaço e poder. Nos últimos dois jogos que disputou, Emerson fez três gols e coleciona elogios por sua boa produção.
Na segunda-feira de folga depois da goleada por 4 a 0 sobre o Internacional, enquanto o companheiro de ataque se isolou, o camisa 11 rubro-negro celebrou a formação - por acaso - da promissora dupla de ataque.
Os dois jogaram juntos em três partidas e somados fizeram sete gols. A média superior a dois por partida contrasta com o jejum de cinco partidas dos atacantes na reta final do Campeonato Carioca.
E ainda pode melhorar. Quem garante é Emerson. Confira a entrevista:
Assim que chegou ao Flamengo, você fez logo dois gols, mas avisou que ainda teria de se adaptar ao futebol brasileiro. Conseguiu?
Emerson: Esses três meses de Flamengo serviram para eu me adaptar ao clube, aos companheiros, mas principalmente ao futebol brasileiro, que estava esquecido para mim. Fiquei 11 anos fora e tive dificuldade.
Agora chegou ao auge?
Ainda vou melhorar. Se nos últimos jogos eu fui bem, no próximo tenho que ser melhor ainda. O jogo seguinte é sempre o mais importante. Tenho muito a crescer.
E o que falta?
Acho que conhecer um pouco mais o futebol de cada jogador. Sei a maneira como Ibson, Léo Moura, Juan e Adriano jogam, mas quero deixar mais claro o jeito que gosto de jogar. Quando isso for entendido as coisas tendem a melhorar. Estamos nos conhecendo, acabei de chegar.
Já dá para dizer que está entrosado com o Adriano?
Estamos evoluindo. Essa semana em Teresópolis foi legal porque deu para a gente se conhecer melhor. É um cara muito simples, é o Imperador, mas a gente fica bem à vontade. Posso falar em nome do grupo: ele se dá bem com todo mundo. E dentro de campo, o Adriano atrai a atenção dos marcadores e abre espaço para mim, para o Ibson e os outros.
Então, o entrosamento com o Imperador já o permite chamá-lo de Scooby Doo?
Scooby Doo ainda está cedo. Ainda mais depois do jogo de ontem (domingo). Três jogadores bateram nele no mesmo lance e caíram. O cara é forte demais. Vou esperar mais um pouco (risos)
(No início da carreira, Adriano era conhecido como Scooby Doo. Depois, virou Imperador. Recentemente, Emerson contou que os outros jogadores tinham um certo "receio" de recordar o antigo apelido)
Em breve, a dupla Sheik e Imperador pode ser uma das melhores do país?
Honestamente, eu não sei. O legal da dupla Emerson e Adriano é que não foi nada programado. Cheguei aqui, meio desconhecido, e depois veio o Imperador, que por todas as conquistas pessoais que teve recebeu outro tratamento. Não esperavam muito de nós dois atuando juntos, não era nada premeditado.
Depois do período turbulento, o Flamengo encontrou a calmaria esperada?
Pela alegria do grupo em Teresópolis não poderia ser diferente. Mas temos de continuar com humildade e sabendo que precisamos melhorar. O Brasileiro é um campeonato longo, competitivo em que você pode ser surpreendido pelo último colocado. Se respeitarmos os companheiros e mirarmos somente nos jogos temos tudo para ir longe. Assim que se faz um time campeão.
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