O clube abrirá uma linha de crédito exclusiva para efetuar os pagamentos de funcionários e jogadores. No momento, segundo análise do departamento de finanças, a folha está orçada em R$ 2,6 milhões líquidos. A conta só engloba os salários pagos em regime de CLT, excluindo atletas que recebem extra em direito de imagem.
Já há um banco escolhido entre três opções para abrigar a conta-salário rubro-negra. O limite do “cheque especial” é de R$ 7,6 milhões, o equivalente a três meses de ordenados. Os juros, de acordo com os dirigentes, são os “de operações normais do mercado”.
Para evitar que haja sobrecarga da linha de crédito, o Flamengo criou mecanismos para não estourá-la. Algumas verbas obrigatoriamente serão depositadas na conta, dentre elas, o valor do novo fornecedor de material esportivo. No total, o clube precisa gerar R$ 35 milhões em receitas para conseguir quitar todos os ordenados por temporada.
A a conta-salário cria um “teto salarial” informal, desejo antigo da área de finanças. Não há como a folha do clube ultrapassar os R$ 2,6 milhões mensais.
A ideia surgiu do ex-vice de finanças José Carlos Dias e foi abraçada pelo atual ocupante do cargo, Sebastião Pedrazzi. Da mesma forma, houve consenso entre os Conselhos de Administração, presidido por Michel Assef, e Fiscal, que tem à frente Leonardo Ribeiro. Os dirigentes acreditam que a ideia, pioneira no país, será seguida por todos os clubes que têm dificuldades para quitar os salários.
De onde vêm as receitas para “zerar” a conta salário:
Olympikus – cerca de R$ 14 milhões por ano
Patrocinador – cerca de R$ 18 milhões por ano
Venda de atletas – 15% de todas as vendas
Bilheteria – 10% do valor arrecadado nos jogos
Acordos com credores – 10% de todo o dinheiro que seria retido para pagar as empresas Segil e PSP
Nenhum comentário:
Postar um comentário