"Fiquei assustado. Estava em Marabá, de repente parei no Rio e ainda divido quarto com Adriano. Ele me incentivou bastante, disse que o que eu precisasse era só pedir. Respondi que respeito meus companheiros, mas brigarei pelo meu espaço entre os titulares", afirmou Aleílson, que ganhou o número 31 e camisa com seu nome gravado nas costas.
Aleílson começou sua carreira de fato no ano passado. No início de 2008, ainda sem saber se seria aproveitado no Águia de Marabá, revezava os treinamentos com o emprego em uma fábrica de rodos. "Não sabia se daria certo, então treinava e trabalhava, pois na fábrica eu tinha carteira assinada", recordou o atacante.
Ainda criança, enquanto sonhava em colher frutos no futebol, Aleílson trabalhava na roça, plantando arroz, feijão e abóbora, que começou a virar carruagem. "Tive uma infância difícil, sabia que o futebol era complicado. Mas tenho potencial", destacou o jogador.
No Rio, Aleílson fica a maior parte do tempo no quarto do hotel. Das maravilhas da cidade, conheceu apenas a Praia da Barra e o Cristo Redentor visto de longe, do gramado da Gávea. A música sertaneja e os bailes melody eram suas principais atrações em Marabá. Na cidade, Aleílson jogava futebol com os índios.
"Desde que o homem branco chegou, eles sabem jogar bola", garantiu o atacante. Questionado se os nativos conhecem o Flamengo, ele solta a expressão: "Hã... se não conhecem".
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