Assistências, irritação e carinho do torcedor: Ibson tem noite agitada

Volante se revolta com companheiros na hora da cobrança do pênalti convertido por Adriano, mas tem grande atuação e sai aplaudido

As assistências para os dois primeiros gols da vitória por 4 a 0 sobre o Internacional, neste domingo, pela sétima rodada do Brasileirão, poderiam render uma enxurrada de elogios para Ibson pela sua sétima atuação com a camisa rubro-negra na competição, o que impede transferências para outro clube brasileiro, mas sua irritação antes da cobrança do pênalti que resultou no quarto gol carioca monopolizou as atenções em cima da participação do meia.

Após um primeiro tempo brilhante, quando serviu Adriano com um lançamento, aos 12, e presenteou Emerson com um passe de calcanhar, aos 35, o volante perdeu as estribeiras momento antes do quarto gol. Com o pênalti marcado sobre Léo Moura, aos 22, surgiu a dúvida: quem seria o responsável pela cobrança? Ibson, Juan e Adriano fizeram uma pequena reunião e o Imperador foi o escolhido.

Revoltado, o camisa 7 saiu em direção a Cuca e reclamou da decisão. Nem a festa pelo gol o fez abrir mão do semblante emburrado. Toró, Emerson e Ronaldo Angelim ainda tentaram acalmar o jogador, que discutiu com Juan. Treze minutos depois, Ibson foi substituído e, mais tranquilo, cumprimentou o treinador e recebeu um abraço carinhoso. Das arquibancadas, os gritos de “Fica, Ibson” também ajudaram a amenizar a situação.

Após a partida o técnico Cuca tentou explicar a situação e colocou panos quentes na situação.

- O Ibson era o juiz do caso. Treinamos dez pênaltis, o Adriano fez oito, o Juan fez oito... O Juan se preparou e o Adriano também queria bater. Ele tinha feito dois gols e merecia. Pior é quando a briga era para não cobrar.

Com contrato até o próximo dia 4, o volante ainda defende o Flamengo no clássico contra o Fluminense, no próximo domingo, no Maracanã. Daí para frente a continuidade de Ibson na Gávea é uma incógnita, está nas mãos do Porto.