De acordo com o vice-presidente de esportes olímpicos, João Henrique Areias, o Rubro-Negro tem um projeto para oferecer a equipe a uma cidade do estado do Rio de Janeiro e vender cotas de patrocínio a pessoas físicas e jurídicas do município interessadas em financiar o time. A ideia é que o clube consiga arrecadar R$ 150 mil por mês, totalizando R$ 1,5 milhão ao longo de dez meses.
- Queremos envolver uma prefeitura, uma universidade e empresas locais, no que chamaríamos de "Clube dos 30". Seriam 30 cotas com valores de R$ 5 mil, em média. Se a prefeitura puder, ajuda a financiar. Se não puder, atua como facilitadora, dando um ginásio bom e ajudando a conseguir apoio de pessoas físicas ou jurídicas - explicou, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.
Areias se apoia no exemplo do time de basquete de Uberlândia, que foi campeão brasileiro em 2004 após um acordo que envolveu três níveis de patrocínio: prefeitura, universidade e empresas.
- O Flamengo é um dos melhores times do Brasil e o único do Rio de Janeiro a disputar o NBB. A cidade que apoiar a equipe vai ganhar projeção para o país inteiro. Além disso, o time poderia ser um laboratório para a universidade. Em Uberlândia, os estudantes de fisioterapia acompanhavam a equipe de basquete, por exemplo. Já as empresas patrocinadoras ganhariam publicidade no ginásio do clube e um espaço na universidade parceira, para divulgar seus produtos e fazer contato direto com clientes em potencial. Todo mundo sai ganhando - disse o dirigente.
Desta forma, o basquete do Flamengo, atual campeão brasileiro, passaria a treinar e jogar na cidade que acolher o projeto, mas manteria o nome do clube. Segundo Areias, o objetivo é imitar o município de Franca, em São Paulo, que conta com uma forte tradição no esporte.
- Já resolvemos praticamente todos os problemas da ginástica e estamos tentando viabilizar o basquete com esse modelo. Em seguida, vamos partir para vôlei, basquete e natação.
Ginastas terão que criar instituto para receber verbas da prefeitura de Niterói
Na modalidade dos irmãos Hypolito e Jade Barbosa, mais novidades. Para receber a verba de R$ 80 mil mensais prometidos pela prefeitura de Niterói, os ginastas terão que criar uma entidade própria. Segundo Areias, o município deu aos atletas um modelo de instituto, baseado no Projeto Nomes - parcerias com Gerson (futebol), Fernanda Keller (triatlo) e os irmãos Grael (vela), entre outros.
- O clube não vai receber nada. O instituto (dos atletas) vai receber os recursos financeiros de acordo com uma planilha aprovada pelo clube e pela prefeitura para manter toda a ginástica do Flamengo. Vai ser bom para eles (ginastas), que vão amadurecer e pensar como empresários. Com o mercado em crise, é importante que eles saibam ser empreendedores. Os atletas serão empresários deles mesmos - finalizou o dirigente.
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