Sobre a licitação, ela afirmou que somente um consórcio de empresas será capaz de satisfazer todas as exigências do edital – previsto para o início de 2009.
LANCE!: Como vai ocorrer a numeração dos lugares?
Márcia Lins: Precisamos criar uma consciência nas pessoas para a Copa do Mundo de 2014. Vamos começar no Campeonato Carioca com algumas novas medida. Faremos uma experiência inicial no setor das cadeiras especiais que, teoricamente, tem um perfil mais calmo de torcedores.
L!: As novidades serão só as cadeiras especiais numeradas?
ML: Não. Os lugares marcados são a ponta do projeto. O torcedor vai chegar e ter uma equipe de entretenimento para recebê-lo, levá-lo até o seu lugar. Quando alguém estiver em pé para ver o jogo, uma pessoa irá lá e pedirá que ele se sente porque não podemos ter esse comportamento na Copa.
L!: O edital de concessão do Maracanã será liberado...
ML: No início do ano. Fizemos várias pesquisas para identificar nossas potencialidades. Montamos o projeto de um estádio confortável para o torcedor.
L!: E o modelo de concessão?
ML: Concluímos que o melhor é a parceria público-privada. E, com ele, eliminaremos problemas do tipo: como sou um ente público, ao licitar algo, sou forçada a escolher sempre o menor preço. E o menor nem sempre é o melhor. As pessoas hoje querem qualidade, conforto... É o segredo das arenas internacionais. O governo precisa se ocupar em resolver os conflitos externos do estádio, que geram problemas para o torcedor e para os moradores das redondezas.
L!: A empresa que desejar concorrer precisará fazer parceria com algum clube esportivo?
ML: Ela tem de me garantir que o Maracanã terá uso esportivo. Torço até para que a vencedora esteja ligada a vários clubes. Também terá de encontrar outros parceiros. Pessoas que entendam de construção, marketing, entretenimento, gerenciamento de arenas. E não vamos permitir “naming rights” (associar o nome do estádio ao de uma empresa). A pesquisa nos mostrou que o torcedor quer ver o Maracanã se chamar só Maracanã.
L!: O projeto prevê a demolição do Célio de Barros (atletismo) e do Parque Aquático Júlio Delamare. Seriam reerguidos em terrenos próximos ao estádio. Onde ficarão?
ML: Não sei. Temos vários terrenos no entorno do Maracanã. O problema das duas instalações é que não são mais de padrão olímpico e, por isso, quase não recebem disputas. Mas elas têm um uso social. Atendemos a mais de cinco mil pessoas em vários projetos.
L!: Como resolver a questão?
ML: Temos a possibilidade de realocar esses projetos em vilas olímpicas próximas, escolas e clubes.
L!: Eles podem ir para a Barra?
ML: Soubemos que existe uma carência por esses tipos de aparelhos por lá. Não tem nada decidido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário