Rubens Sambueza nasceu no primeiro dia de 1984, em Neuquén, província da Patagônia argentina. Desde cedo, acostumou-se ao frio. Por isso, não se importa com o apelido de “Homem das Neves”. Mas prefere sugerir algo ligado a um ritmo musical brasileiro à torcida do Flamengo.
- Onde nasci tem muita neve e frio no inverno. Se me chamarem de homem das neves não será um apelido ruim, mas podem me chamar de Samba. Eu prefiro – diz, com um largo sorriso.
Os primeiros chutes aconteceram ainda na Patagônia, aos quatro anos sempre acompanhado do pai e da mãe A infância no paraíso turístico e as visitas ao Glacial Perito Moreno cessaram aos 12 anos. Tomou a decisão de morar em Buenos Aires, em um alojamento do River Plate.
- Por sorte, não sofri com a saudade e nem pensei em voltar. Sempre tive a ambição de jogar na Primeira Divisão e por isso nada me incomodava – diz.
Na cultura do futebol argentino, os apelidos aos jogadores são quase obrigatórios. E foi durante um treino do River, quando ainda era da equipe júnior, que Sambueza descobriu o seu. Rolou a bola por baixo das pernas do então experiente jogador Nelson Rivas (atualmente auxiliar do técnico Simeone) e virou “Cañito”. Na Gávea, a habilidade apareceu no jogo contra o Atlético-MG. Mas...- Não adiantou nada. Dei duas canetas, mas não serviram porque perdemos o jogo. O mais importante é ganhar – declara, preferindo esquecer o jogo em que foi improvisado na ala esquerda e o time foi derrotado por 3 a 0.
A adaptação ao Flamengo é das mais tranqüilas. O compatriota Maxi e o chileno Fierro ajudam. Mas para praticar o português, ele comprou apostilas e gosta de folhear o dicionário.
O calor do Rio de Janeiro contrasta com a infância entre bolas de neve. Por isso, nada melhor do que aproveitar as praias cariocas no tempo livre. Mas, por enquanto, o local favorito ainda é o Maracanã. E domingo, ele sonha com algo inédito desde que chegou: um gol.
- Que me iluminem – diz, apontando para o céu.
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