Atletas reagem e por pouco não ocorre pancadaria. Reunião a portas fechadas sela a 'paz'.
Alguns torcedores do FLAMENGO trocaram a impaciência pela violência. Nesta terça-feira, cerca de trinta pessoas foram ao treino para protestar pelo mau momento da equipe no Brasileirão. Mas o manifesto, que parecia pacífico, acabou em vandalismo.
Aos gritos, a torcida pedia mais vontade ao time: “Para jogar no Flamengo, tem que ter disposição”. Os jogadores já participavam do rachão, quando os rubro-negros invadiram o local de treinamento, na Gávea, ofendendo os atletas e exigindo uma conversa com todo o grupo.
Em seguida, atiraram uma bomba sobre o elenco. O lateral-esquerdo Egídio quase foi atingido e chegou a cair no gramado. O jogadores interromperam a atividade imediatamente e reagiram. O volante Ibson xingou os agressores e foi contido por Jônatas.O lateral-esquerdo Juan, muito nervoso, saiu de campo e entrou no vestiário chutando a porta:
- Estão de sacanagem. Isso não existe - gritava.
Com o clima um pouco mais calmo, o zagueiro Fábio Luciano e o goleiro reserva Diego se reuniram com os torcedores para tentar acalmar a situação. Em seguida, alguns líderes de torcida e jogadores se reuniram para uma conversa na sala do departamento de futebol do Rubro-Negro.
Depois das cenas de conflito, a situação aparentemente foi contornada. De banho tomado, Ibson e Leo Moura foram conversar com o grupo de manifestantes.
Fábio Luciano foi o único a dar entrevistas.
- Serve como aprendizado. Eles colocaram o sentimento e isso vai fortalecer ainda mais o grupo. A bomba foi um fato isolado - diz o capitão.
Segundo ele, a invasão poderia ter conseqüências graves se não houvesse a reunião depois.
- Se não houvesse a conversa poderia interferir no nosso trabalho. As imagens vão repercutir, mas está tudo certo - diz Fábio Luciano.
Do lado dos torcedores, o discurso também era de paz. Eles reafirmaram o desejo do título brasileiro e garantiram apoio irrestrito no jogo de sábado, contra o Atlético-PR, no Maracanã.
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