sábado, 19 de abril de 2008

Septeto da arbitragem: pode ou não pode?


A idéia da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro em utilizar o septeto trio de arbitragem, dois árbitros reservas e outros dois homens atrás de cada gol promete causar um imbróglio.
Os novos auxiliares deverão analisar se a jogada concluída foi regular ou não, o que pode ferir as regras do jogo, segundo especialistas no assunto.

De acordo com Jorge Rabello, presidente da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro, a confusão ocorrida no fim de semana no jogo do Paulistão, entre São Paulo e Palmeiras, motivou a adoção da medida na final da Taça Rio.

O lance do Adriano me inquietou, pois somos reféns da tecnologia.

Não podemos ser responsabilizados pela desclassificação de uma equipe resume o dirigente.

Mas o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf), Sérgio Corrêa, diz que a medida não está prevista nas regras.

Se for para fiscalizar o comportamento dos jogadores que estão aquecendo atrás dos gols, tudo bem. O que não pode acontecer é a interferência nas decisões de campo.

Apesar disso o Campeonato Carioca não é gerido pela Fifa disse em entrevista à Rádio Itatiaia.

O ex-árbitro e atual colunista do LANCE!, José Roberto Wright, alerta para a confusão que pode acontecer com a utilização dos auxiliares.
- Para valer, a International Board tem que aprovar.
Não se pode criar uma situação sem autorização da Fifa. Isso vai gerar muita confusão.
Se o clube que se julgar prejudicado quiser recorrer, ele ganha os pontos pois será um erro de direito.
Estes auxiliares não têm poder para alterar nada explica.

O técnico Cuca, do Botafogo, foi outro a desaprovar a idéia:
Não dá para mudar em uma hora decisiva, tentar fazer experiências logo em partida como esta. Teriam de fazer estes testes durante todo o campeonato.

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